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Vício

7 de Março de 2017

01 - Vício

Ela pulou do Bang Jump
Sem proteção
Eu Sem perceber
sai da sua direção.

Guardei nossas lembranças no freezer
Liguei a TV pra esquecer
Mudei o papel de parede
No computador

Abracei-a várias vezes
Ao travesseiro
Disse que a amava
Em frente ao espelho

Coragem, ela me disse
Você tem tudo pra seguir em frente
Com aquele sorriso falso
Sem mostrar os dentes

Ela era meu Vício,
Por isso acordo à meia-noite
Sem saber por que…

Num disquete perdido
Deve Estar a última canção
Que eu vou fazer!

Ela pulou do bang jump
Ouvi seus passos na calçada
Estraguei tudo outra vez
Imenso frio na madrugada

Vou limpar as janelas
Para melhor te ver
Vou afinar minha guitarra
Pra poder te esquecer

No Vídeo Cassete
Lembranças amargas
Na estante aquele velho retrato

Eu lhe disse:
– Pare de falar
Vou rezar pra chover,
Pra eu poder chorar ninguém ver

02 - A Tarde

Você não sabe mas eu te
Esperei a tarde inteira
Olhando pela janela
Tentando entender
O que ninguém
Sabe me explicar…

Será que vai ser sempre assim?
Eu esperando por quem não me quer
Há tudo bem,
Dizem que eu sou forte mas
Nem mesmo eu sei.

Dessa vez você me olhou
Com sinceridade e carinho
E eu acreditei…
Confesso que te odiei
Por horas
Mas eu não sei o que aconteceu
Talvez você não tenha culpa

E o errado seja eu
Por te amar tanto assim
Só peço que nunca mais me prometas
Nada que não possas cumprir

Vá embora e não me diga adeus
Vá agora!
Vá embora e não me diga adeus
Vá agora!
Não olhe pra trás.

03 - Cinza e Cedo

Cinza e Cedo
Meu desespero,
minha insônia.
Teus conselhos

Te vi no ponto de ônibus
Masquei o teu chiclete
Fui embora pensando
No que acontece

Quando a gente fica assim…
Quando tudo chega ao fim
Você ainda gosta de mim?
Por favor, me responda?!

Tempo pra chuva
Mas só pingos abandonados
Sigo na avenida
Sinto o gosto do amargo

Liquidação na Vitrine
Assalto a mão armada
Teu Vestido rosa choque
Violência na Madrugada

Mais uma vez
Xeque-mate no xadrez
Ônibus lotado
Desrespeito, estupidez

Release

Era o início dos anos 2000, e tínhamos formado uma banda de garagem, uma banda de rock chamada “Poetas & Violas” – Da onde saiu isso? Ah… se puxar na lembrança…

Foi em homenagem a uma canção de uma outra banda de Rock da região, a lendária “Espelho do Mundo”, que em uma de suas canções profetizava “Quando se juntam Poetas e violas, ideias revolucionárias vão pintar…” Meu irmão tocou nessa banda, foi a primeira vez que ouvi músicas inéditas de uma banda desconhecida, foi como se ligasse um botão na minha cabeça – Compor é legal!.

A Poetas & Violas contava com duas guitarras, uma nas mãos do Professor de Música Moisés Correia e a outra nas mãos do Jovem Anderson Camilo, este com apenas 15 anos na época da gravação deste “Single”, “Disco”, “Demo” não sei mais que nome dar…

No contra-baixo e em algumas composições estava André Correia e eu tocava bateria, compunha e cantava

– Que isso? Um baterista cantor? Tira o microfone dele!

Ouvi isso do técnico de som no primeiro show da banda.

Tínhamos mais de 50% do nosso repertório de canções próprias, era isso que nos dava “tesão” de tocar, de ensaiar e de GRAVAR.

No dia 7 e 8 de Março de 2002, nós gravamos esse “Single”, “Disco”, “Demo” no intuito de achar uma gravadora que se interessasse no nosso trabalho, isso não viria acontecer, mas tivemos uma grata surpresa, depois de alguns meses, mandamos o CD para a Rádio Pop/Rock 107.1 de Canoas-RS, havia um programa para novos artistas, chamado CONEXÃO RS. A faixa “A Tarde” e “Cinza e Cedo” tocaram nesse programa – Foi demais!

Março de 2017 – 15 anos depois…
Nossa, já?
Pois é, com o espírito de comemoração eu resolvi disponibilizar essa “gravina” na internet, ao alcance de todos!

Espero que gostem, um grande abraço e let´s rock!

Nando Ramos.

Ficha Técnica

Nando Ramos: Voz, percussão em “A tarde” e bateria.

Moisés Correia: Guitarra, Violão em “A tarde” e Vocais.

Anderson Camilo: Guitarra, Violão em “A tarde”.

André Correia: Contra Baixo e Vocais.