Fala músico, artista independente!
Aqui é o Nando e eu fico muito feliz que você tenha se interessado por composição, afinal de contas de nada adianta sua música estar bem masterizada, com aquele “volumão”, se a composição não é boa.
De nada adianta ter uma boa mixagem, bem equilibrada, se a composição deixa a desejar.
Você já notou que as grandes canções atravessam épocas e estilos. As músicas dos Beatles, por exemplo, muitas delas foram compostas a mais de 50 anos atrás e ainda hoje, são regravadas em diversos gêneros musicais e compõem trilhas sonoras de séries e filmes.
Você sabe por quê isso acontece?
Será que é por que a mixagem dessas músicas são boas?
Será que é por conta da masterização?
Não, é claro que não, isso acontece, porque as composições são boas!
Já tinha parado pra pensar nisso?
E você pode estar pensando agora:
– Mas Nando, o compositor já nasce pronto! Não tem como aprender!
Ok, então caso ainda não tenha assistido, peço que você assista o vídeo localizado no topo da página, “Como compor uma música em 5 passos”.
Passo 1: Ritmo
Passo 2: Harmonia
Passo 3: Melodia
Passo 4: Letra
Passo 5: Estrutura
Todos esses passos são aprofundados no curso online Composição Radiofônica.
Passo 1: Ritmo.
O ritmo na maioria das vezes, surge de uma forma muito natural. Se você está compondo uma balada, é bem provável que você esteja dedilhando no violão.
Você também pode realizar uma pesquisa sobre os ritmos mais usados ultimamente, vaneira, pisadinha, reggaeton?
Você pode pesquisar em playlists do Spotify, por exemplo, e começar a compor uma música em um “ritmo da moda”.
Passo 2: Harmonia.
Depois de decidir o ritmo, você precisa de uma sequência de acordes ou progressão de acordes.
E é nessa hora que eu tenho uma dica muito bacana pra te dar, quando o assunto é harmonia, existem fórmulas.
Sim, existem fórmulas!
Como assim, Nando? Calma, eu vou te dar uma fórmula muito usada na música pop e você já vai entender:
Use os acordes:
Am (Lá menor) – F (Fá maior) – C (Dó maior) – G (Sol maior).
Existem várias músicas que foram compostas em cima dessa sequência de acordes, ela funciona e você pode utilizá-la, sem problemas, sem se preocupar com direito autoral.
Harmonia não tem direito autoral, caso contrário, estaríamos todos no tribunal.
Experimente tocar as seguintes músicas no seu instrumento musical, use a sequência de acordes citada acima:
Te Levar Daqui · Charlie Brown Jr:
O mesmo acontece com “À Sua Maneira (De Música Ligeira)” · Capital Inicial:
“Poker Face – Lady Gaga” (Refrão):
“Despacito – Luis Fonsi ft. Daddy Yankee”:
Como você pode ter notado, existem várias músicas com a mesma Harmonia, sim! Isso mesmo, existem várias fórmulas, basta aplicar a fórmula e pronto!
Outra dica que eu posso te dar aqui, é que existem fórmulas ou sequências de acordes típicas para determinados estilos. Por exemplo, rap, bossa nova, heavy metal e assim por diante, vale a pena dar uma busca pelas músicas que você mais gosta do gênero ou as mais tocadas.
Passo 3: Melodia.
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A melodia é importantíssima, tanto em músicas instrumentais, assim como em músicas que possuem letra.
A melodia faz parte do arranjo da música.
Esta sim, precisa ser original, caso contrário será caracterizada como plágio.
Como compor uma melodia?
Existem algumas formas, eu utilizo uma técnica que eu chamo de “enrolation”.
Basta você “cantarolar” qualquer coisa por cima da harmonia, pode ser um “la, la, la”, ou mesmo um enrolation (risos).
Por incrível que pareça, essa técnica é usada por muitos compositores ao redor do mundo.
Passo 4: Letra.
Neste passo, você irá substituir o “enrolation” por uma letra.
E isso dá trabalho! É preciso encontrar as palavras certas, que não fujam da mensagem que você quer transmitir e que fiquem agradáveis ao cantar, como diria o rei Roberto Carlos:
Primeiro vêm a inspiração e depois vêm a transpiração.
Esta é apenas uma forma de fazer isso, existem outras que eu ensino dentro do curso online Composição Radiofônica.
Passo 5: Estrutura.
Você já começou a assistir um filme onde o ritmo da narrativa era sempre o mesmo?
Cansativo ou chato e você acabou trocando por outro, porque “não acontecia nada de interessante”?
Eu costumo dizer que toda música é um filme, tem que acontecer alguma coisa pra ela se tornar interessante.
Quer um exemplo?
Se nas estrofes a harmonia é Am (Lá menor) – F (Fá maior) – C (Dó maior) – G (Sol maior), que tal no refrão essa harmonia mudar?
Neste sentido, a estrutura da música pode ser o fator determinante que vai fazer o ouvinte aumentar o volume ou se emocionar ao ouvir a sua canção.
E você pode estar pensando agora:
Mas Nando, compor não é uma questão de DOM e INSPIRAÇÃO?
DOM pra mim é traduzido como FACILIDADE.
Sim, tem gente que fala bem em público, toca muito bem um instrumento musical, pinta quadros, faz esculturas, faz contas complexas de matemática de cabeça, compõe uma música, sem nunca ter estudado pra isso.
Essas pessoas têm facilidade natural, que algumas pessoas chamam de DOM.
Agora eu te pergunto:
Quantas dessas pessoas você conhece que não desenvolveram esse dom?
Não trabalham com isso, sabem tocar muito bem um instrumento, mas viraram advogados, médicos e outras profissões.
Só ter o dom não adianta, é preciso saber como desenvolver essa habilidade.
Agora deixe eu te falar sobre INSPIRAÇÃO. A inspiração é a parte mais fácil da composição, sabe porquê?
Porque muitas vezes, a inspiração traz a ideia de um refrão, mas ainda faltam os versos, a introdução, o arranjo e etc.
Só inspiração não basta, você precisa saber “como montar as peças”, compor uma música é como aquela brincadeira de “montar blocos”, sabe?
Algumas peças se encaixam, outras a gente até coloca, mas não gosta do resultado e acaba retirando.
Compor não é só DOM e INSPIRAÇÃO, é técnica também, como eu te mostro no vídeo que está no topo do post.
Eu posso te ajudar a “montar as peças”, matricule-se agora no curso online Composição Radiofônica.
E aí gostou desse conteúdo? Então compartilhe com seus amigos músicos ou colegas de banda.
Eu vou ficando por aqui, obrigado pela atenção e a gente se vê em uma próxima oportunidade.
Tchau!
